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domingo, 28 de março de 2010 Post By: Elzio

Motivação da Moda

Motivação da moda

Quais são as motivações da moda numa dada época e, em particular na nossa época?
Eis uma questão a que não é fácil responder. Poderiam reforçar-se antigas teorias, como aquelas que o homem, desde a antiguidade mais remota, considerou o seu vestuário como um dos mais importantes elementos simbólicos da própria condição social.

Aquilo que hoje se define como símbolo de posição social existiu sempre, quer se tratasse das plumas e tatuagens de um chefe tribal, ou dos uniformes com penachos e enfeites de um general medieval ou, da nossa época.

Mas, se estas particularidades do vestuário que noutros tempos, mais do que hoje, serviam para destinguir e descriminar a inserção de um indivíduo (quer se tratasse de um homem ou de uma mulher) nas diversas classes sociais, profissões, artes e ofícios, etc....estão, em parte, ultrapassadas com o nivelar da sociedade, com o desaparecimento de certos previlégios de casta ao nascimento, ao património, à religião, etc., existe ainda, o facto de a moda não ser apenas um frívolo, epidérmico, superficial, mas ser o espelhos dos hábitos, do comportamento psicológico do individuo, da profissão, da orientação política, do gosto, etc...
Devemos, portanto dar a moda aquilo que é da moda; e tendo em consideração o seu peso social, estético e cultural, procurar descobrir como e da que forma se dão, nos nossos dias, aquelas transformações, aquelas diversificações, aquelas tendencias que a moda sofre ou impõe.

Em primeiro lugar, devemos esclarecer um dos problemas mais espinhosos e mais discutidos neste campo: o que faz e quem faz a moda? Ou seja, como é que, num determinado período mais ou menos longo, se assistiu à ascensão de uma determinada moda em vez de uma outra?


motivação da moda
Quem tomou as respectivas decisões? Quem as previu? Quem se opôs a elas? Quem as insentivou, financiou? E até quando é possivel intervir contra o percurso da moda?
Dar uma resposta únivoca a estas questões não é fácil, certamente. As próprias teorias a este respeito são múltiplas e contraditórias: existe ainda quem defenda que a moda tenha sido sempre “ criada do alto”, isto é, vinda dos grandes estilistas, dos grandes ateliers, os quais ditaram as leis, destinadas a imperar naquele breve período, o que eles fariam no que diz respeito à moda de elite, ou seja, a moda destinada as classes dominantes, aquela que sempre foi a da alta costura. Moda que desceria ao nível das massas, copiada, imitada, reduzida a condição de pronto-a-vestir,até se tornar ubiquitária, quase coincidente com a vaga seguinte de moda nova, diferente, neoformada, sempre destinada a um número reduzido, aos eleitos.

Ha quem diga que a moda é feita pelos jovens, depois sintetizada pelos estilistas, e depois pelas grandes indústrias de vestuário, devendo-se ao facto de eles serem os pioneiros da imformalidade. E segundo esta tese a moda é determinada não de cima, mas sim, de baixo.

Isso quer nos dizer que a moda vem de todos lados. E devemos concluir que ela é autónoma, mesmo que muitas vezes seja ela a ditar a lei, até no gosto aparentemente mais sofisticado e pessoal.





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